Projeto de as-built: Por quê muitas empresas não dão importância para esta fase do projeto?
- Kleber Medina
- 19 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
No ciclo de vida de um projeto, basicamente existem quatro etapas determinantes em sua concepção: Início do projeto, organização e preparação de escopo, execução e encerramento. Uma dúvida muito comum entre os gestores de projetos é: quando o projeto realmente se encerra? Daí surgiu-se uma frase comum no meio: "Você não finaliza um projeto, você o abandona". Evidentemente essa frase é apenas uma brincadeira para se referir à esta etapa e justamente nesta fase de "abandono" onde muitas equipes dão pouca ou nenhuma importância à realimentação do sistema com dados reais da obra ou do processo, mais conhecido como as-built ou como construído.

Este processo consiste em registrar alterações ou desvios que ocasionalmente acontecem durante a etapa de execução do projeto, seja por motivos readequação, erros de execução ou alterações de escopo. Mas qual a importância em se registrar isso?
Para responder à essa pergunta, tomemos como exemplo a construção de uma refinaria de petróleo, onde ocasionalmente processos são alterados, expandidos ou readequados. É impossível imaginar trabalhar com uma planta que não fosse fiel às linhas e equipamentos instalados, mesmo que o processo esteja de acordo com o fluxograma, há várias particularidades que são visíveis apenas nas plantas de processo e qualquer modificação que for realizada será baseada nestas informações.
Ferramentas utilizadas na elaboração de um as-built
Atualmente existem diversas ferramentas que podem auxiliar na elaboração do as-built e sua aplicação depende de diversos fatores como por exemplo a complexidade do projeto, acesso às instalações, existência de desenhos ou fluxogramas (no caso de equipamentos, instalações e plantas de processamento), etc.
Plantas de processamento de fluídos - Em função da necessidade de manutenção e inspeção, praticamente existe o acesso às linhas e equipamentos permitindo que o levantamento seja executado por um projetista. Porém esse processo pode se tornar caro e demorado em função da complexidade e área de levantamento, tornando mais viável a utilização de scanners 3D na elaboração de nuvens de pontos que basicamente consistem em uma base confiável para futura modelagem em um software de design gráfico.
Projetos de urbanismo e arquitetura - Capturar a arquitetura de construções históricas está se tornando uma atividade bastante comum nas grandes cidades, tanto para a composição da documentação de acervo histórico quanto para estudo de restauração. Assim como em plantas de processamento, é bastante utilizado o scaneamento em 3D para a geração de nuvem de pontos, porém uma prática mais comum e eficiente para essa aplicação é a técnica de fotogrametria que basicamente consiste na captura de imagens para posterior composição da geometria do objeto de pesquisa. Esta técnica é dividida em três classificações: analógica, analítica e digital.
Para saber um pouco mais das técnicas citadas no texto, você pode visitar os links:
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